Crise obriga a que promotores estejam mais sensíveis às exigências dos lojistas.
A renegociação dos valores de renda e das condições de instalação diverge entre centros comerciais. Nos ‘shoppings prime' os promotores são sensíveis às exigências dos lojistas quando a instalação da marca é crucial para o desenvolvimento do negócio.
1. Quais os centros comerciais com impacto do ‘fit out'?Centro Colombo, Vasco da Gama, Amoreiras, NorteShopping e Armazéns do Chiado integram a lista dos ‘shoppings prime' onde a redução das rendas, pagamento do direito de ingresso e ajudas no ‘fit out' acontecem esporadicamente. Nos ‘shoppings' de segunda linha e de província a diminuição das rendas e de outras condições é mais acentuada. No caso dos ‘shoppings' novos em comercialização, a comparticipação no ‘fit out' é uma regra imposta pelos lojistas.
2. Em que fase é exigido o ‘fit out'?O promotor entrega a loja em tosco e o lojista é responsável pelas obras de decoração. O investimento inicial - até agora suportado pelos lojistas - passou a ser partilhado com o dono do centro comercial e nas lojas de maior dimensão o investimento no ‘fit out' pode valer dezenas de milhares de euros.
3. Há espaço nos ‘shoppings' para novos lojistas?
Os consultores consideram que a redução das rendas e a retracção do investimento das cadeias internacionais abre caminho a novos lojistas. Contudo, é preciso que as empresas tenham o modelo de negócio adequado ao momento actual de queda das vendas do comércio.
4. Como variam os valores de renda a pagar pelo espaço?Uma das exigências iniciais é o direito de ingresso, que se pratica apenas nos ‘shoppings prime'. Os encargos com uma loja incluem a renda fixa, que em média é de 30 a 40 euros/m2. A renda variável quase não existe devido à quebra nas vendas. Há ainda os encargos do condomínio (água/saneamento, electricidade, segurança e marketing), cujo custo médio é de 3 a 4 euros/m2, mês, em função da área da loja. Considerando uma loja de 30 m2, o custo total ronda 1.200 euros mensais.