A extinção destas instituições simbolizam o fim do Estado despesista, defende o comentador.
Santana Lopes diz que a extinção dos Governos Civis só peca por tardia. O comentador da TVI, na habitual intervenção do Jornal das 8, disse concordar com o fim desta instituição e que a sua extinção simboliza o fim do Estado despesista.
«Os Governos Civis são do tempo da monarquia. Já não fazem sentido absolutamente nenhum», disse.
«Quem tem a Protecção Civil, são os presidentes de Câmara. É o que diz a lei. Os governadores civis também têm, mas quem comanda as forças que estão no terreno, se alguém está próximo das populações e próximo das forças operacionais são os presidentes de Câmara», explicou.
Santana Lopes disse ainda que o primeiro-ministro, Passos Coelho, fez bem em não nomear novos governadores civis, até porque seria mais difícil demiti-los, a meio do mandato: «Se ele nomeasse novos, depois para tirá-los de lá, a meio do mandato, sem a força que se tem no início do mandato?».