O vice-presidente da Comissão Europeia diz que sair do euro acarreta custos incalculáveis e, também por isso, não é alternativa.
Joaquín Almunia, manifestou-se hoje convencido de que nenhum país abandonará o euro e que todos trabalharão conjuntamente para evitar que qualquer Estado membro entre em quebra financeira.
No 10.º Encontro Santander-América Latina, da Universidade Internacional Menéndez Pelayo, Almunia explicou que há razões para acreditar que "ninguém vai abandonar o euro", em particular pelo custo económico que isso representaria.
"Não há ninguém que faça as contas sobre o que representa sair do euro e veja isso como uma alternativa possível", disse, referindo-se ainda à vontade política de que tal não aconteça.
"Quando um país chega a uma situação em que não vê qualquer possibilidade de correcção dos desequilíbrios, os restantes países da zona euro - ainda que imponham condições estritas como no caso da Grécia - vão fazer tudo o que for necessário para evitar qualquer incumprimento", afirmou.
Almunia acrescentou que "o euro é, na origem, um projecto político que representa um passo transcendente no caminho da integração europeia", que "é lento, com dificuldades e a necessitar de enormes esforços".
Numa referência à crise grega, Almunia considerou que o novo pacote de medidas permitiu ao país dar "o primeiro passo para chegar a uma solução que é lenta e cara" e requer uma coordenação entre todos.