O ministro das Finanças grego admitiu hoje que a Grécia terá ainda de travar um difícil combate para garantir o resgate pela União Europeia (UE), principalmente face a países "como a Finlândia" que reclamam garantias rejeitadas por Atenas.
"As escolhas não são fáceis, precisamos de uma mensagem clara sobre a participação dos bancos privados" no novo plano de regaste do país, para o qual está a trabalhar atualmente a zona euro, referiu Evangélos Vénizélos, na conclusão do debate no Parlamento de Atenas sobre a lei de aplicação do novo pacote de austeridade, aprovado pelos deputados gregos na quarta-feira .
"É preciso também ultrapassar os obstáculos criados por alguns países membros, e que não são os maiores (...) como a Finlândia, que querem garantias além das negociadas" por Atenas em compatibilidade com as regras europeias, acrescentou o responsável.
Segundo a comunicação social grega, alguns Estados-membros da UE, nomeadamente a Finlândia, reclamam que os novos empréstimos previstos para a Grécia tenham como garantia a aplicação de hipotecas sobre o património do Estado grego.
O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, tem afirmado por diversas ocasiões que se opõe a tal hipótese.
O Parlamento grego vai hoje votar o projecto de lei que implementará as medidas de austeridade, necessárias para a Grécia garantir a continuação da ajuda financeira externa.
Na quarta-feira, os deputados aprovaram por maioria o novo plano de austeridade apresentado pelo Governo socialista helénico, que prevê cortes avaliados em 28,4 mil milhões de euros até 2015, e privatizações para angariar 50 mil milhões de euros.