Biografia dos candidatos

José Sócrates (PS)

Era um dos «delfins» de António Guterres, ex-primeiro-ministro, e já nessa altura se demarcava do então líder e chefe de Governo. Ao contrário da imagem de «indecisão» atribuída a Guterres, José Sócrates afirmou-se como um governante determinado. Entre 1995 e 1997 foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente no XIII Governo Constitucional, com competências delegadas em matérias de ambiente e defesa do consumidor.

Pedro Passos Coelho (PSD)

Pedro Passos Coelho, 46 anos, chegou a líder do PSD em Março de 2010 com 61 por cento dos votos nas eleições internas do partido, sucedendo Manuela Ferreira Leite. Foi presidente da Juventude Social Democrata entre 1990 e 1995, onde se destacou, entre outros assuntos, pela recusa do serviço militar obrigatório e das propinas no Ensino Superior. Depois de estar um tempo afastado da vida política, regressa em 2008 como candidato a líder do PSD. Ultrapassa Santana Lopes nas votações mas não consegue ultrapassar Manuela Ferreira Leite.

Paulo Portas (CDS-PP)

Do Direito para a política, da política para o jornalismo. E de volta à política. Paulo Portas já foi jurista, director de um jornal e ministro. Nas eleições legislativas de 2009 voltou ao ataque à frente do CDS-PP, numa campanha que diz querer fazer «no terreno». Nas feiras, nos mercados, como popular, persistente e assertivo que é.

Francisco Louçã (BE)

Tenacidade, por vezes radical, entre o panorama político português. Esta é uma das características atribuídas a Francisco Anacleto Louçã. Por vezes com uma qualificação positiva, outras vezes com uma carga negativa. Nasceu a 12 de Novembro de 1956 e conta com um longo percurso político. Até já se candidatou à Presidência da República, em 2006 e afirmou-se como um «candidato que quer acabar com o consenso mole».

Jerónimo de Sousa (CDU)

Jerónimo Carvalho de Sousa, 62 anos, foi eleito Secretário-geral do Partido Comunista no XVII Congresso de Novembro de 2004, sucedendo a Carlos Carvalhas. Nesse dia, chegava à liderança do PCP um homem que, ao contrário de muitos comunistas da sua geração, não foi um funcionário na clandestinidade nem esteve preso. Jerónimo é o operário, o trabalhador do povo que chegou a líder do partido.