Vítor Gaspar diz que era inadiável ter pedido ajuda mais cedo, devido ao elevado endividamento externo, ao baixo crescimento económico e ao défice excessivo.
O ministro das Finanças diz que o auxílio externo devia ter sido pedido mais cedo. Vítor Gaspar considera que, tendo em conta o elevado endividamento externo e o baixo crescimento económico de Portugal, o Governo de José Sócrates deveria ter avançado com o pedido de ajuda a Bruxelas em finais de 2009.
“O elevado nível de endividamento externo e o baixo crescimento económico, juntamente com níveis de défice e dívida pública excessivos, levaram os investidores internacionais a particularizar a economia portuguesa no quadro da crise da dívida soberana da área do euro”, argumentou o ministro esta manhã, na tomada de posse dos novos membros do conselho de administração do Banco de Portugal.
Vítor Gaspar defende que, “a partir de finais de 2009, as crescentes dificuldades de financiamento tornaram inadiável o pedido de assistência financeira internacional, que se concretizou em Abril de 2011”.
Esta manhã, Vítor Gaspar assumiu ainda que o financiamento à economia é um desafio com o qual o país se vai debater nos próximos tempos. O ministro sustentou que vai competir à banca assegurar o fluxo de crédito aos sectores mais produtivos da economia, com especial atenção às pequenas e médias empresas.