José Sócrates disse-se hoje "chocado" com a intenção de Passos Coelho de mudar a lei do aborto, acusando o líder do PSD de "mudar de opinião de acordo com as audiências" (as declaraçoes de Passos foram à Renascença) e sobretudo de "querer agradar mais à direita", para ganhar eleições.
Duro nas críticas ao adversário, Sócrates disse que o país não precisa de uma liderança assim, mas sim de uma "liderança forte", lembrou que o líder do PSD já apresentou o seu programa e que a mudança da lei do aborto não consta dele ("porquê? Quando é que ia dizer isto aos portugueses"), vincou que também no que respeita à educação Passos já admitiu fazer alteraçoes ao programa e defendeu com unhas e dentes uma lei que foi, disse, "um avanço civilizacional" e resultado da "genuina vontade do povo português".
Na Amadora, onde começou o dia de campanha, o líder socialista insistiu na mensagem de um PS moderado e sublinhou que a lei do aborto "trouxe mais felicidadpe ao país - não queremos voltar ao tempo do aborto clandestino", atirou, depois de uma arruada à chuva.