Nem o conteúdo programático nem a orgânica do Governo, com a fusão de alguns ministérios, serão obstáculo a um acordo entre o PSD e o CDS. O único ponto que deverá ficar à margem do clima de entendimento perfeito entre Passos Coelho e Paulo Portas é mesmo... a eleição de Fernando Nobre para a presidência da Assembleia da República.
Passos Coelho ainda não conversou com Nobre depois das eleições. Mas o compromisso assumido com o presidente da AMI quando o líder social-democrata o convidou para encabeçar a lista do PSD por Lisboa e ser candidato à presidência do Parlamento mantém-se.
E Passos Coelho vai tentar negociar com Paulo Portas, à margem das das conversações sobre o Governo de coligação, o apoio dos deputados do CDS por forma a tentar assegurar a eleição de Nobre. Recorde-se que ainda antes de ter convidado o presidente da AMI, Passos Coelho falou com Portas e tentou obter o apoio do CDS mas o líder centrista não se quis comprometer antes das eleições. Mas a verdade é que a eleição de Nobre poderá encontrar obstáculos não só no CDS mas inclusivamente na bancada do próprio PSD.
Em alternativa, o nome mais consensual parece ser o de Mota Amaral.