Atenas promete implementar controverso plano de austeridade.
A Grécia chegou esta quinta-feira a acordo com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a implementação do controverso plano de austeridade e promete aumentar impostos e reduzir despesas, refere a Bloomberg.
«Temos acordo», disse fonte próxima do processo, segundo a qual os detalhes técnicos das negociações serão conhecidos na sexta-feira, refere a agência de informação financeira,
O novo ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, iniciou esta quinta-feira conversações em Atenas com a troika dos países credores (UE, BCE e FMI), para dar um retoque final às controversas medidas de austeridade, informou fonte do ministério.
Matthias Mors, da União Europeia, Klaus Masuch, do Banco Central Europeu (BCE), e Poul Thomsen, do Fundo Monetário Internacional (FMI), participam nesta missão da troika, encarregada de acompanhar a recuperação da economia grega.
Os três elementos chegaram à capital grega para finalizar com Venizelos os orçamentos pluri-anuais previstos entre 2012 e 2015.
Cifrados em 28,4 mil milhões de euros e acompanhados de um vasto plano de privatizações, na ordem dos 50 mil milhões de euros, entre 2012 e 2015, estes planos económicos incluem também 6,4 mil milhões em reduções de custos previstos no orçamento de 2011, incluindo uma «taxa de solidariedade» excepcional para os empregados do setor privado, do público e das profissões liberais.
Esta taxa, que inicialmente deveria afectar todos os funcionários, mesmo aqueles com baixos rendimentos, causou um alvoroço e o Governo socialista estava a tentar aplicá-la apenas aos rendimentos médios e altos, de acordo com a imprensa.
O conjunto de orçamentos plurianuais e a lei que define a sua aplicação, aprovada quarta-feira à noite, deve ter sido apresentada ao grupo parlamentar do Pasok (socialista) para aprovação.
Os orçamentos devem ser adoptados terça-feira no Parlamento em sessão plenária, após um debate de dois dias.
A lei de execução deve ser votada de emergência a 30 de Junho pela Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos.
A aprovação do orçamento é uma condição para a libertação da quinta parcela, de 12 mil milhões de euros, do empréstimo acordado para a Grécia no ano passado pela Zona Euro e o FMI (de 110 mil milhões de euros em três anos).
A 3 de Julho, os ministros das Finanças da Zona Euro devem reunir-se para finalizar a sua aprovação ao pagamento da parcela.