Fonte oficial do BPN diz que não há qualquer "novo financiamento", mas apenas uma operação de substituição de créditos.
Foi hoje publicado em Diário da República um despacho assinado por Carlos Costa Pina, antigo secretário de Estado do Tesouro, onde se lê: "Confirmo que se verificam as condições legais que permitem à emissão de papel comercial a realizar pelo BPN, até ao montante de mil milhões de euros".
No entanto, fonte oficial do BPN garantiu ao Económico que não se trata de uma nova emissão de dívida e que a exposição da Caixa ao banco nacionalizado não se alterou. Continuam a ser 1,4 mil milhões de euros.
"Esta emissão de papel comercial do BPN destina-se a substituir os créditos concedidos pela CGD ao longo do tempo, não se tratando de novas injecções de dinheiro, mas apenas de formalizar a garantia do Estado aos empréstimos realizados pela CGD", afirmou fonte oficial do BPN ao Económico.
"É a formalização da garantia do Estado que está subjacente à lei na nacionalização, não se tratando de novo financiamento, mas sim a titularização em papel comercial dos empréstimos interbancários que têm vindo a ser assegurados pela CGD", acrescentou a mesma fonte.
Nacionalizado em final de 2008, o BPN tem de ser devolvido ao mercado até ao final deste mês por imposição da ‘troika'. No passado a reprivatização falhou por falta de interessados, sendo que desta vez as ofertas não estão sujeitas a montante mínimo.