Sindicalistas têm hoje encontro marcado no Ministério da Educação para discutir a aplicação das novas regras dos horários.
A FENPROF vai hoje ao Ministério da Educação analisar a situação dos docentes, na sequência da aplicação das novas regras dos horários. O secretário-geral da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira, vai para o encontro preocupado com a situação dos profissionais contratados há muitos anos e mesmo dos quadros, que podem ficar fora do serviço no próximo ano lectivo.
"Milhares de professores contratados estão em vias de ficar desempregados, o que pode significar o maior despedimento de sempre de professores, contratados mas com 18 ou 20 anos de serviço que, devido a alterações às normas de elaboração de horários, vão ficar fora do serviço", referiu Mário Nogueira.
O sindicalista explica também que há professores dos quadros que ficaram com "horário zero" e não sabem se ficam colocados. "Temos de evitar que entrem nos circuitos da mobilidade especial, que são uma antecâmara do desemprego", considera o dirigente sindical, defendendo que, caso não haja destacamento para estes docentes, eles irão "permanecer nas escolas a cujo quadro pertencem".
A FENPROF também pretende levar ao Ministério o caso dos professores que estão com situação de doenças graves, mas que podem e devem trabalhar, necessitando de ser colocados em escolas junto a centros de saúde para realizarem os seus tratamentos.
Numa audição parlamentar no final de Julho, o ministro Nuno Crato admitiu que este ano haveria menos contratações e um aumento de "horários zero".