O secretário-geral do PS vincou hoje que o próximo Governo deverá ter por base uma maioria parlamentar para fazer as reformas necessárias, alegando que o seu executivo minoritário foi alvo de "guerrilha" por parte da oposição.
José Sócrates falava aos jornalistas, após ter participado numa acção em Lagoa, na ilha de São Miguel, na qual teve ao seu lado o líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César.
Horas antes, em conferência de imprensa, o cabeça de lista do PS pelo Porto, Francisco Assis, tinha admitido que o próximo Governo poderia ser novamente minoritário, desde que tivesse por base um acordo de incidência parlamentar com outras forças políticas.
Perante este cenário, o secretário-geral do PS referiu que, em primeiro lugar, "é preciso esperar que o povo fale" [a 05 de Junho].
"Mas tenho dito sempre que Portugal precisa de um Governo forte, com uma maioria no Parlamento, para que possa governar em benefício de todos", disse.
Depois, Sócrates fez uma alusão à experiência de ter liderado um executivo minoritário no último ano e meio, dizendo que essa mesma experiência "foi a todos os títulos exemplar".
"O Governo, que tinha uma tarefa muito difícil pela frente, foi sempre alvo de uma guerrilha política por parte da oposição, bastando, para tal, ver o que aconteceu com a avaliação dos professores: os quatro partidos da oposição juntaram-se para impedir no último dia da legislatura que a medida fosse para a frente", apontou.
Por isso, o secretário-geral do PS entende que o próximo Governo "terá de possuir as condições políticas para fazer as reformas".
"E isso consegue-se com um Governo maioritário", reiterou José Sócrates.