Álvaro Santos Pereira sublinhou, no entanto, que há também «uma nova esperança» para tirar o país da crise.
O ministro da Economia rejeitou este sábado especificar o programa de reformas e privatizações que o Governo pretende antecipar já para esta semana, dizendo apenas que «é óbvio que vêm aí tempos difíceis», mas que também há «uma nova esperança».
«Se não acreditasse no sucesso português não teria voltado do Canadá e, como eu, muitos dos meus colegas e muitos outros que já estavam cá e que decidiram embarcar nesta grande aventura que é todos trabalharmos em equipa, o Governo e todos nós, para conseguirmos dar a volta ao país», disse Álvaro Santos Pereira, citado pela Lusa, à margem da inauguração da Feira Internacional de Artesanato na FIL.
Já sobre os detalhes sobre o processo de reorganização do seu ministério, Santos Pereira não quis avançar detalhes: «Estamos a estudar o assunto e a seu tempo falaremos sobre isso».
Questionado sobre as medidas que o Governo pretende antecipar, designadamente ao nível das reformas estruturais e privatizações, o novo ministro disse não poder falar «daquilo que ainda não está divulgado».
«A seu tempo falaremos. É óbvio que todos sabemos que vêm aí tempos difíceis, mas também é óbvio que há uma nova maneira de conseguirmos dar a volta e eu acho que todos nós, apesar de conscientes das dificuldades, percebemos que há uma nova esperança em Portugal».
O ministro da Economia referiu ainda ter sido «um acto simbólico» a escolha da Feira Internacional de Artesanato para a sua primeira aparição pública.
«É um acto simbólico e não só, é preciso apostar nos produtos portugueses, no meu ministério uma regra prioritária será exactamente apostar nos produtos portugueses. É muito importante perceber que só conseguimos dar a volta se apostarmos em nós próprios e nas nossas possibilidades e capacidades».