A subida das yields das obrigações do Tesouro português no mercado secundário não abranda. O risco de incumprimento mantém-se acima dos valores de fecho de ontem.
Com as yields (juros implícitos) dos títulos gregos em níveis recorde a meio da tarde (135,58% para os prazos a 12 meses e 76,72% para os prazos a 2 anos), o efeito de contágio em todos os "periféricos" da zona euro mantém-se no mercado secundário da dívida soberana, segundo dados da Bloomberg.
Os juros para as obrigações do Tesouro português (OT) encontram-se em alta em todos os prazos. Os juros para as OT a 2 anos ultrapassaram hoje a barreira dos 16%. Estão, ainda a alguma distância dos máximos acima dos 20% agtingidos em julho, mas a dinâmica de crescimento mantém-se há várias semanas.
O risco de incumprimento (default) da dívida portuguesa subiu hoje para 64%, o segundo mais elevado no grupo de "periféricos" membros da zona euro, segundo dados da CMA DataVision.
Também os juros dos título irlandeses, das obrigações espanholas e dos títulos do Tesouro italiano nas maturidades a 10 anos prosseguem a tendência de subida em relação ao fecho de ontem - estão em 8,82%, 5,37% e 5,67% respectivamente. Os juros a 10 anos das OT estão em 11,35%, mantendo-se uma diferença substancial em relação aos títulos irlandeses.