O Egipto tem o maior número de utilizadores árabes da rede social Facebook, mas a Tunísia é o país árabe que "melhor utilizou as redes sociais para desencadear a revolução", indica um estudo citado, esta sexta-feira, no jornal marroquino Assabah.
Na classificação por países, a Tunísia ocupa, pelo número de utilizadores do Facebook, o quinto lugar no mundo árabe, depois do Egipto, Arábia Saudita, Marrocos e Emirados Árabes Unidos, mas está à frente da Argélia, Jordânia e Líbano, escreveu o Instituto de Estudos Económicos do Mundo Mediterrâneo (IPEMED), no estudo divulgado esta sexta-feira.
"Apesar de se classificar no quinto lugar árabe pelo número de utilizadores do Facebook em relação ao número da população (20 por cento), a Tunísia é o país árabe que melhor utilizou as redes sociais para desencadear a revolução", sublinha o observatório.
No início de 2011, o Facebook tinha "mais de 20 milhões de utilizadores no mundo árabe, contra cerca de 30 000 blogues em 2005", indica o estudo deste observatório presidido pelo tunisino Radhi Meddeb, no qual participaram vários investigadores sobre o Magrebe contemporâneo, bem como economistas da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Quanto ao número de membros da rede Facebook em relação ao número total da população, o Qatar é o primeiro classificado, com 59,7 por cento, seguido dos Emirados Árabes Unidos (42 por cento), Bahrein (36,9), Líbano (23,4), Tunísia (20), Egito (16,5), Marrocos (7,6), Argélia (4,6) e Líbia (4,5 por cento).
Os autores do estudo salientam, por outro lado, que "a Tunísia e o Egipto contam-se entre os países do sul do Mediterrâneo onde o peso do sector das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) é dos mais elevados da região.